quarta-feira, 2 de abril de 2025

Conceito de Demônio no Budismo

   No budismo, frequentemente termo "demônio".


  O que é esse demônio?
  É igual do que o Buda Sakyamuni enfrentou antes de atingir a sua iluminação? 

  No cristianismo, demônios são seres sobrenaturais que se opõem a Deus e ao ser humano. São também conhecidos como Diabo, Lúcifer, Satã, Belzebu, Maligno, Belial ou Dragão. (Fonte: Infopédia)
 
  Na Wikipédia diz: Demónio ou demônio é, segundo o cristianismo, um anjo que se rebelou contra Deus e que passou a lutar pela perdição da humanidade. Na antiguidade, contudo, o termo tinha outra conotação, referindo-se a um gênio que inspirava os indivíduos tanto para o bem quanto para o mal.

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  Como o Cristianismo moldou a figura de Satanás para combater outras religiões

      A figura do demônio foi criado pelo homem.
akuma1   No Ocidente, antigamente, o demônio ou diabo não era retratada como a maioria das pessoas estão familizados, ou seja, com olhos vermelhos, enormes chifres, corpo vermelho com grandes asas de morcego na costa - uma "besta" como dizem normalmente.
 
  No site da BBC News Brasil, há um artigo interessante que eu peguei emprestado como subtítulo dessa matéria. No site diz: - 
  "A partir do ano 1000, o diabo começa a ser representado com aparência grotesca e monstruosa, entre o humano e o animal. (...)  Um fato interessante, que Até o século 11, conforme aponta o pesquisador, ele quase sempre foi retratado com aparência humana.
  O escritor e semiólogo italiano Umberto Eco tratou dessa questão no livro "História da Feiura". "É somente a partir do século 11 que ele começa a aparecer como um monstro dotado de cauda, orelhas animalescas, barbicha caprina, artelhos, patas e chifres, adquirindo também asas de morcego".


   Por que o Diabo é retratados com chifres, rabo e pé de bode?

   A intensão da igreja, era criar "o inimigo de Deus" na forma mais hedionda possível. No site citado paga acima diz: "A assimilação da cultura grega e seus deuses por parte do cristianismo trouxe contribuições como os chifres, os pés de bode e o rabo, características do deus Pã. A entrada do cristianismo nos países celtas, ao norte da Europa, contribuiu para reforçar essa imagem próxima do deus Cernu, ou Cernunno".

   A figura pagã de Pã (Deus dos bosques, dos campos, dos rebanhos e dos pastores, da mitologia grega. Imagem à direita) é associado à várias atitudes criticadas pela igreja católica, como símbolo da sexualidade 'selvagem' e desregrada. As divindades mais antigas costumam ser animais ou humanos com partes de animais. Associar uma imagem dessas a algo maligno é também uma forma de criticar os cultos antigos. 


  Conceito de Demônios no Budismo:

  No 13º capítulo do Sutra de Lótus, “Devoção Encorajadora”, consta que os praticantes que propagarem o verdadeiro ensino budista (Sutra de Lótus) na era dos Últimos Dias da Lei, enfrentarão diversos insultos provocados por três tipos de perseguidores chamados de Três Poderosos Inimigos ou Três Tipos de Inimigos. (Fonte: Jornal Brasil Seikyo Edição 1846)

  Demônios no budismo significa, “desejos mundanos” e “visão errônea” que existe dentro da nossa vida.  Essas funções negativas faz com que as pessoas se afastam do Gohonzon (e recitar o Daimoku) e das atividades da organização.
  Além disso, os demônios têm a função de causar desordem no pensamento das pessoas e, consequentemente, a perturbação na sociedade, de modo que às vezes os demônios são usados ​​para representar aqueles que causam desordem no pensamento.
  Ainda no 13º capítulo do Sutra de Lótus, “Devoção Encorajadora”, há passagem que diz: “Demônios malignos se apossarão das pessoas”. As pessoas dominadas e controladas por “desejos mundanos” e “visão errônea”, aparentando diabo ou demônio, perseguem aqueles que protegem a Verdadeira Lei.

 Demônio do Bem e Demônio do Mal

  Há duas categorias de demônio no budismo. 
  Demônios que protegem os praticantes budistas (deuses demoníacos bons) e demônios que corroem a vida (deuses demoníacos maus). 
  No Sutra de Lótus, diz que o demônio do bem protege aqueles que defendem o Sutra de Lótus.
Deuses demoníacos bons, atuam como função de “shoten zenjin”, ou seja, como “deuses budistas”. 


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  “Deuses budistas”, “divindades celestiais” ou “deuses protetores”, entre vários outros nomes, referem-se às funções que protegem os ensinos corretos do budismo e os seus praticantes. (Brasil Seikyo, Edição 1840)
  As divindades celestiais (諸天善神) descritas no Gohonzon, como Brahma e Shakra, [as divindades do Sol e da Lua] atuam em proteção aos praticantes budistas. O budismo explica que suas funções protetoras são ativadas pela fé contidas nas orações. 
  Se praticarmos o verdadeiro budismo e vivermos uma vida de bem, as funções protetoras que existem no nosso redor e no meio ambiente serão ativadas e nos apoiarão e protegerão como deuses budistas.
A Lei Correta é a fonte que aumenta os poderes de todas as divindades celestiais.  (fonte: site da Soka Gakkai)

  
  Iluminação do Buda Sakyamuni e a Luta com o Demônio

  Embora o Sakyamuni tenha nascido príncipe, desde muito jovem ele testemunhou o sofrimento das pessoas e ficou profundamente perturbado por isso. Resolveu então abandonar a vida real e tornar um monge em busca de soluções fundamentais da vida.
  As escrituras budistas descrevem como “quatro encontros” que levaram Shakyamuni a tomar consciência dos quatro sofrimentos inevitáveis ​​do nascimento, envelhecimento, doença e morte, e a buscar uma solução para esses sofrimentos. 

  O Buda passou por práticas ascéticas por vários anos, mas percebeu que atormentar a si mesmo não o livraria do sofrimento, então ele parou com tais práticas. 
  Em seguida, perto da Palácio de Gaya, ele sentou-se sob uma árvore bodhi e entrou em meditação.
  Após alguns dias de meditação (alguns fontes dizem que foi mais de 20 dias de meditação), Shakyamuni percebeu a verdadeira natureza da vida e de todas as coisas. Por causa dessa iluminação, Shakyamuni passou a ser conhecido como Buda, ou “o Desperto”.

Imagem do Sakyamuni fazendo meditação.
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  O Buda Sakyamuni, após atingir a iluminação, ele permaneceu sob a árvore bodhi por algum tempo, regozijando-se com sua libertação do sofrimento, mas também ficou muito preocupado ao pensar que, quão difícil seria transmitir a sua iluminação aos outros.
  No entanto, Shakyamuni decidiu pregar essa iluminação aos outros, a fim de abrir o caminho para a libertação de todas as pessoas do sofrimento do nascimento e da morte.

  
   Um fato interessante é que, as escrituras dizem que durante o período da sua meditação, Sakyamuni enfrentou demônio.
  Segundo escrituras,esse demônio era desejos mundanos provocados por Demônio do Sexto Céu.
   A percepção do Buda foi um evento transformador na história da humanidade, pois representou a libertação do sofrimento e a busca pela verdade. 
  Por esse motivo, a função de maldade - representado nesse episódio como Demônio do Sexto Céu, deve ter agido agressivamente para impedir isso.



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